O contrato de ouro com vencimento em agosto registrou alta de 0,39% nesta sexta-feira, 18, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, encerrando a sessão a US$ 3.358,30 por onça-troy. A valorização do metal precioso foi impulsionada pela fraqueza do dólar e pela queda nos juros dos Treasuries, após declarações do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, que sinalizou um possível corte de juros já na reunião de julho.
Apesar do avanço no dia, o ouro apresentou uma queda de 0,17% ao longo da semana. Waller enfatizou a necessidade de evitar um pouso forçado da economia americana, o que justificaria um "corte de segurança" nas taxas de juros. Entretanto, a ferramenta de monitoramento do CME Group ainda aponta setembro como o mês mais provável para o primeiro corte do ano.
Analistas do Commerzbank alertam que, apesar da alta impressionante do ouro em 2023, a tendência parece estar perdendo força. O banco observa que, mesmo com a queda do dólar americano para seu menor nível em relação ao euro em quatro anos, o metal tem se mantido em uma faixa lateral. A Trade Nation também destaca que o ouro permanece estagnado, aguardando novos catalisadores, e que uma possível recuperação do dólar pode limitar ganhos futuros.
Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou suas exigências nas negociações comerciais com a União Europeia, pedindo uma tarifa mínima de 15% a 20%. Essa pressão nas negociações pode aumentar a incerteza no mercado e, consequentemente, contribuir para uma valorização do ouro no futuro.