O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou nesta terça-feira, 15, que Brasil, China e Índia podem enfrentar sanções se continuarem a manter relações comerciais com a Rússia. Durante uma reunião com congressistas americanos, Rutte enfatizou a necessidade de que esses países pressionem o presidente russo, Vladimir Putin, a negociar um acordo para evitar as tarifas de 100% propostas pelo ex-presidente Donald Trump.
Na segunda-feira, 14, Rutte se reuniu com o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca, onde discutiu a liberação de armas para a Ucrânia, financiadas pela Otan. Ele também apoiou a ameaça de Trump de impor tarifas secundárias a nações que importem produtos russos, a menos que Moscou concorde em um cessar-fogo dentro de um prazo de 50 dias. Rutte alertou que a falta de ação poderia ter consequências severas para Brasil, China e Índia.
Trump, que expressou descontentamento com Putin, afirmou que ainda não desistiu de um acordo com a Rússia, apesar de suas críticas. Autoridades russas e blogueiros pró-guerra desqualificaram as ameaças de Trump, sugerindo que a situação poderia mudar nos próximos 50 dias. O Kremlin, por sua vez, declarou que precisará de tempo para avaliar as ameaças e que Putin se manifestará quando considerar necessário.
A China, por meio de seu porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, classificou as ameaças de Trump como "coerção" e reafirmou seu apoio a Putin, destacando que sanções unilaterais não resolverão os problemas. As declarações foram feitas durante uma reunião da Organização de Cooperação de Xangai, onde participaram diplomatas de vários países, incluindo a Rússia.