O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou nesta quarta-feira (25 de junho de 2025), durante sua chegada à cúpula da OTAN em [Local da Cúpula], que a Rússia não representa uma ameaça militar real à aliança. Em declarações que repercutiram internacionalmente, Orbán minimizou o potencial de agressão russa, afirmando que a OTAN possui força militar superior e que o perigo real reside em outros fatores. A declaração do líder húngaro gerou imediata controvérsia, especialmente considerando o contexto da guerra na Ucrânia e a histórica tensão entre a Rússia e o Ocidente. A declaração foi feita em meio a debates acalorados sobre a expansão da OTAN e a possível adesão da Ucrânia à aliança.
Orbán justificou sua posição argumentando que a verdadeira ameaça à segurança da Hungria e de seus aliados não é militar, mas econômica. Segundo ele, a perda de competitividade no comércio mundial, decorrente das sanções à Rússia e da instabilidade geopolítica, representa um risco maior do que uma eventual agressão russa. O primeiro-ministro húngaro destacou a necessidade de priorizar a estabilidade econômica e o crescimento, em detrimento de um foco excessivo na contenção militar da Rússia. Ele também reiterou sua oposição à adesão da Ucrânia à OTAN, afirmando que a prioridade é manter a Ucrânia fora da aliança militar, reforçando sua posição pró-Rússia e contrária a uma maior integração da Ucrânia com o bloco ocidental. Orbán ainda elogiou o ex-presidente americano Donald Trump, descrevendo-o como um ‘homem de bom senso’, sugerindo concordância com as políticas isolacionistas do republicano.
As declarações de Orbán geraram críticas de diversos líderes ocidentais, que as consideraram irresponsáveis e fora de sintonia com a realidade da ameaça russa. A posição do primeiro-ministro húngaro pode enfraquecer a unidade da OTAN e dificultar os esforços de apoio à Ucrânia. A longo prazo, a postura de Orbán pode aprofundar a divisão entre os membros da aliança, criando dificuldades para a tomada de decisões conjuntas em questões de segurança. A dependência econômica da Hungria em relação à Rússia também pode ser um fator que influencia a posição de Orbán, criando um conflito de interesses entre a segurança coletiva da OTAN e os interesses nacionais húngaros. A reação internacional e as potenciais consequências políticas e econômicas dessas declarações serão observadas com atenção nos próximos dias e semanas.