Na noite de terça-feira, 8, em Brasília, a Frente Parlamentar Brasil Competitivo promoveu um jantar onde parlamentares da oposição se reuniram com empresários para debater estratégias de combate à criminalidade. O evento ocorreu no Lago Sul e contou com a presença de deputados e senadores do PL, que criticaram a proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, atualmente em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, sob relatoria de Mendonça Filho (União-PE).
Os oposicionistas defenderam a aprovação do projeto de lei 2646/2025, que visa proteger setores estratégicos da economia do crime organizado. Entre as medidas propostas estão o sequestro de bens de indiciados, a prisão após condenação em segunda instância e o aumento de penas para crimes específicos. Além disso, a proposta sugere mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente, permitindo reclusão de até seis anos para menores envolvidos com organizações criminosas.
Durante o encontro, os participantes expressaram preocupação com o crescimento do tráfico e das milícias, especialmente no Rio de Janeiro. Sugestões como a implementação de um "juiz sem rosto" e a criação de uma "lei de exceção" para criminosos foram discutidas, visando aumentar a eficácia no combate ao crime. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) mencionou a necessidade de um direito penal diferenciado para criminosos, citando o conceito de "direito penal do inimigo".
A discussão também abordou a recusa do governo Lula em classificar facções como terroristas, o que, segundo os parlamentares, limita a aplicação de sanções mais severas. A reunião refletiu a crescente inquietação entre os legisladores sobre a segurança pública e a necessidade de medidas mais rigorosas para enfrentar o crime organizado no Brasil.