Deputados da oposição se manifestaram nesta terça-feira (22) na Câmara dos Deputados contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que proibiu a realização de reuniões de comissões durante o recesso parlamentar. A proibição, publicada no Diário Oficial, visava evitar atividades deliberativas em meio a reformas em andamento. No entanto, parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram realizar sessões que foram canceladas, gerando protestos no local.
Durante a manifestação, deputados da oposição estenderam uma faixa em apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que gerou controvérsia entre os presentes. O presidente da Comissão de Segurança Pública, Paulo Bilynskyj (PL-SP), defendeu a realização das reuniões, afirmando que a decisão de Motta impedia a manifestação de opiniões dos parlamentares. A oposição planeja mobilizar a militância para protestos nas ruas e acionar organismos internacionais em defesa de Bolsonaro.
A presença de Jair Bolsonaro na Câmara foi confirmada por membros do PL, mas ele não compareceu. A situação gerou ainda um impasse sobre a exibição de uma placa em homenagem ao ex-presidente, com alguns deputados expressando preocupação sobre a exposição de seu nome em meio ao cancelamento das reuniões. O General Pazuello (PL-RJ) alertou para os riscos que a placa poderia trazer ao ex-presidente, sugerindo que sua presença não deveria ser destacada na ocasião.