Nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a qual foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A ação inclui mandados de busca e apreensão, além de medidas restritivas como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar das 19h às 7h e proibição de uso de redes sociais. Bolsonaro também está impedido de manter contato com diplomatas e outros réus envolvidos na ação penal por tentativa de golpe.
Congressistas da oposição, incluindo o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, manifestaram forte repúdio à operação, classificando as medidas como uma punição antes da condenação e uma forma de censura. Nogueira afirmou que Bolsonaro não representa risco de fuga, enquanto Cavalcante ressaltou que a ação é uma tentativa de silenciar uma figura política que ainda representa milhões de brasileiros.
O senador Hamilton Mourão, do Republicanos, também criticou as ações, chamando-as de desproporcionais e contrárias ao Estado Democrático de Direito. Ele alertou que a decisão pode agravar a crise diplomática com os Estados Unidos, que já impuseram sanções comerciais ao Brasil. Em nota, a oposição na Câmara dos Deputados expressou preocupação com o que considera um abuso de poder e a instrumentalização das instituições para fins de perseguição política, afirmando que o episódio fragiliza a democracia e a segurança jurídica no país.