Parlamentares da oposição e do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, emitiram uma nota nesta sexta-feira (18) em resposta às medidas cautelares determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os líderes da oposição no Congresso, incluindo os senadores Izalci Lucas e Rogério Marinho, e o deputado Zucco, classificaram a decisão como um "grave episódio de perseguição política disfarçada de ação judicial".
Na nota, os oposicionistas alegam que as medidas, que incluem a proibição do uso de redes sociais e a imposição de tornozeleira eletrônica, são "arbitrárias" e visam silenciar Bolsonaro. Eles argumentam que tais ações ferem princípios constitucionais, como o devido processo legal e a dignidade da pessoa humana, e afirmam que o ex-presidente não foi condenado.
Os parlamentares também criticaram o uso do Judiciário como ferramenta de repressão política, destacando a criminalização de opiniões e a tentativa de neutralizar lideranças. A vice-líder da oposição, Bia Kicis, anunciou que os parlamentares se reunirão para discutir as próximas ações e solicitarão o fim do recesso parlamentar.
Em resposta, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, descartou a possibilidade de encerrar o recesso, que se iniciou em 17 de julho e deve durar até 4 de agosto, afirmando que não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões durante esse período.