Políticos da oposição expressaram forte reprovação nesta sexta-feira (25 de julho de 2025) à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). O país atuava como membro observador da organização desde 2021. A informação, que não foi oficialmente divulgada pelo governo, foi confirmada pelo site Poder360. Congressistas classificaram a medida como "repugnante", "vergonhosa" e "antissemita".
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi enfático ao afirmar que a decisão "supera tudo" o que considera negativo no atual governo. Já o deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) reiterou que a atitude do governo "exibe o antissemitismo petista" e não reflete a posição do povo brasileiro.
Kim Kataguiri (União Brasil-SP) também se manifestou, chamando a decisão de "vergonhosa" e criticando a contradição entre a defesa dos direitos humanos e o abandono de ações humanitárias. Ele destacou que a postura do governo Lula coloca o Brasil "mais uma vez, do lado errado da história".
Em nota divulgada na quarta-feira (23 de julho), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) justificou a decisão com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, enfatizando a obrigação dos Estados em proteger os direitos dos palestinos, conforme as conclusões da Corte Internacional de Justiça sobre possíveis violações de direitos humanos.