Líderes da oposição se reuniram na noite de quarta-feira (9) para discutir a resposta ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, considerada um revés significativo para a imagem do Brasil, gerou preocupações entre os parlamentares sobre suas repercussões econômicas e políticas.
Durante a reunião, um líder do Senado expressou descontentamento com a situação, afirmando que a decisão de Trump representa um 'tiro no pé' e questionando quem se posicionaria a favor de tal medida. O presidente americano mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua declaração, condicionando a negociação à interrupção do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
A situação se complicou ainda mais com um vídeo do deputado Eduardo Bolsonaro, que assumiu publicamente a responsabilidade pelo tarifaço e criticou o ministro Alexandre de Moraes. Essa postura gerou reações negativas, com aliados da família Bolsonaro reconhecendo que a situação pode prejudicar ainda mais sua imagem política.
Enquanto isso, a ala mais moderada da direita tenta atribuir a responsabilidade ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas admite que a narrativa é enfraquecida por meses de críticas às sanções americanas. A situação atual pode abrir espaço para novos líderes da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emergirem como alternativas ao nome da família Bolsonaro.