A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 22, a Operação Route para investigar desvios de recursos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) do Amapá, envolvendo o empresário Breno Barbosa Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A operação visa apurar fraudes em licitações e contratos que somam R$ 60 milhões.
De acordo com a PF, Breno Chaves Pinto utilizava o nome do senador para exercer tráfico de influência, buscando vantagens indevidas em processos licitatórios. A investigação não encontrou indícios de participação direta de Alcolumbre nos atos ilícitos, conforme afirmado pela PF e pelo Ministério Público Federal, o que mantém o caso na Justiça Federal do Amapá.
Em nota, Davi Alcolumbre destacou que não possui relação com as empresas investigadas e reafirmou seu respeito às instituições, enfatizando que todos os envolvidos devem prestar esclarecimentos à Justiça. A decisão judicial que autorizou a operação também reforçou a ausência de indícios de crime por parte do senador.
A Operação Route cumpriu onze mandados de busca e apreensão e revelou que o superintendente do Dnit no Amapá, Marcello Linhares, favoreceu empresários nas licitações sob suspeita. A investigação identificou movimentações financeiras suspeitas, incluindo saques em espécie que ultrapassam R$ 3 milhões, sugerindo indícios de lavagem de capitais.