Uma operação da Polícia Militar em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, resultou em duas mortes e um policial ferido, gerando revolta na comunidade. O vice-presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Janilton Jesus Brandão de Oliveira, conhecido como China, criticou a ação, afirmando que a violência policial se tornou uma rotina na região. A operação ocorreu na quinta-feira (10) após denúncias sobre homens armados em um ponto de venda de drogas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ao chegarem ao local, os policiais avistaram quatro homens que fugiram e se refugiaram em uma residência. Durante a ação, um dos homens, Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, foi morto pelos policiais, que alegaram inicialmente que ele estava armado. No entanto, a Polícia Militar admitiu que as câmeras corporais mostraram que Igor estava rendido no momento do disparo, resultando na prisão em flagrante de dois policiais por homicídio doloso.
China afirmou que a morte de Igor é mais um exemplo da brutalidade policial e criticou a narrativa inicial da polícia, que alegou que a operação visava desmantelar uma casa bomba. "Foi mais uma mentira, os policiais debochando, dando risada, comemorando", disse. Após a morte de Igor, protestos na comunidade resultaram em mais uma fatalidade, aumentando a tensão entre os moradores e a polícia.