A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 22, a Operação Route, que investiga desvios de recursos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá. Entre os alvos da operação está o empresário Breno Barbosa Chaves Pinto, suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A PF suspeita que Chaves Pinto utilizou o nome do senador para obter vantagens ilícitas em contratos e licitações relacionados à manutenção da BR-157.
O juiz da 4.ª Vara Federal do Amapá, Jucelio Fleury Neto, destacou que Breno Chaves Pinto é considerado uma figura central no esquema criminoso, que envolve um desvio estimado em R$ 60 milhões. A defesa do empresário não se manifestou até o momento, enquanto Alcolumbre, que não está sendo investigado, afirmou em nota que não tem relação com as empresas citadas e que todos os envolvidos devem prestar esclarecimentos à Justiça.
Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de bens de alto valor, incluindo três carros Porsche e obras de arte de artistas renomados, além de armamentos no Amapá. O superintendente do Dnit no estado, Marcello Vieira Linhares, foi afastado de suas funções. A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando R$ 8 milhões. As investigações continuam em andamento, com foco na apuração de práticas fraudulentas e corrupção dentro da autarquia.