O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, analisa a operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação, que ocorre sob a coordenação do Supremo Tribunal Federal (STF), é vista como um indicativo da independência dos poderes no Brasil, apesar das possíveis reações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A operação da PF, que atua como polícia judiciária, não foi ordenada pelo Ministério da Justiça, reforçando a autonomia das instituições brasileiras. A expectativa é que Trump, que já se manifestou em defesa de Bolsonaro, reaja às medidas adotadas pelo governo brasileiro, especialmente após a recente entrevista de Lula a uma emissora americana, onde criticou a postura do presidente norte-americano.
Além disso, o governo brasileiro teme que Trump tome medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Nos últimos dias, aliados de Bolsonaro, como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo, afirmaram que novas ações por parte de Trump podem estar a caminho, intensificando a tensão entre os dois países. A situação destaca a complexidade das relações diplomáticas e a influência de ações internas sobre a política externa brasileira.