A escassez de água, alimentos e remédios na Faixa de Gaza resultou na morte de pelo menos 45 pessoas nos últimos quatro dias, conforme informou a ONU. A situação crítica, que agrava os casos de desnutrição aguda, tem gerado imagens alarmantes de crianças em estado de extrema magreza, aumentando a pressão internacional por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
A proposta de trégua está em impasse após o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, convocar os negociadores de volta a Israel. O negociador americano Steve Witkoff acusou o Hamas de não negociar de boa fé, enquanto a União Europeia ameaçou Israel com sanções caso a ajuda humanitária não aumente.
Cerca de 500 mil palestinos, de uma população total de 2 milhões, enfrentam insegurança alimentar, e 100 mil estão em situação de inanição, segundo o Comitê Internacional de Resgate e o Programa Mundial de Alimentos. A situação é alarmante, com um terço da população passando dias sem comida, e a expectativa é que a crise se agrave nos próximos dias.
O porta-voz do governo israelense, David Mencer, afirmou que a escassez não é causada por Israel, mas sim pelo Hamas, que estaria impedindo a distribuição de ajuda. Organizações como Médicos Sem Fronteiras e Save the Children têm pressionado por um aumento na entrada de ajuda humanitária, que atualmente é de 70 caminhões por dia, abaixo do mínimo necessário de 100, conforme estipulado pelo Programa Mundial de Alimentos.