Chefes de diplomacia de diversos países se reuniram em Nova York para discutir a grave crise humanitária na Faixa de Gaza e retomar o debate sobre a criação de um Estado palestino. O encontro ocorre em meio a um cenário de crescente instabilidade na região, exacerbado por conflitos recentes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, participou virtualmente da Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares, onde enfatizou que a fome é utilizada como arma de guerra e compromete a paz mundial.
Durante a cúpula, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou a situação crítica em Gaza, agradecendo a Donald Trump por seus esforços em favor de um cessar-fogo. Trump, por sua vez, sugeriu a criação de um centro de distribuição de alimentos em colaboração com países europeus, embora não tenha especificado quais seriam. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou a existência de fome na região e acusou o Hamas de manipular informações sobre a crise humanitária.
A Assembleia Geral da ONU foi o local da principal reunião do dia, onde representantes de 193 países discutiram a solução de dois Estados. O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, pediu apoio internacional para a criação de um Estado palestino, garantindo a segurança de Israel. O Brasil e o Senegal foram designados para promover o respeito às leis internacionais nesse contexto, com o ministro brasileiro, Mauro Vieira, ressaltando a urgência de ações concretas após 78 anos de promessas não cumpridas.
O encontro em Nova York ocorre em um momento crítico, com a comunidade internacional buscando soluções para a crise em Gaza, enquanto os Estados Unidos e Israel optaram por boicotar a reunião. A situação continua a ser monitorada de perto por diversas nações e organizações internacionais, que buscam formas de viabilizar a paz na região.