O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou, na terça-feira (8), que a carga de energia no Brasil deve crescer 14,1% entre 2025 e 2029, o que representa uma média anual de 3,4%. O lançamento do Planejamento da Operação Energética (PEN) 2025 revelou um agravamento do déficit de potência no país, indicando uma insuficiência na capacidade de geração de energia. Alexandre Zucarato, diretor de Planejamento do ONS, destacou a possibilidade de recomendar a volta do horário de verão como uma medida necessária para enfrentar essa situação.
O PEN 2025-2029 confirma o diagnóstico anterior e aponta para a necessidade de maior flexibilidade nas fontes convencionais de energia, como hidrelétricas e termelétricas, devido à mudança no perfil da matriz elétrica brasileira, que tem visto um aumento nas fontes renováveis. O ONS enfatizou a importância de preparar o sistema para uma maior utilização de termelétricas no segundo semestre, especialmente a partir de outubro, e sugeriu articulações com diversos órgãos, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, para flexibilizar restrições operacionais.
Marcio Rea, diretor-geral do ONS, ressaltou que o crescimento das fontes intermitentes traz novos desafios para a operação do sistema elétrico. Ele enfatizou a necessidade de maior flexibilidade e fontes de energia controláveis para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda, especialmente em horários de pico. Essas medidas são consideradas essenciais para assegurar a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro.