Copenhague/Bruxelas – Uma análise científica revelou que cerca de 2.300 pessoas morreram devido a causas relacionadas ao calor em 12 cidades europeias durante uma intensa onda de calor que ocorreu entre 23 de junho e 2 de julho de 2023. O estudo, realizado por pesquisadores do Imperial College London e da London School of Hygiene and Tropical Medicine, destaca que 1.500 dessas mortes foram atribuídas diretamente à mudança climática, que intensificou a severidade das altas temperaturas.
As temperaturas na Europa Ocidental ultrapassaram os 40 graus Celsius, com cidades como Barcelona, Madri, Londres e Milão enfrentando condições extremas. O estudo utilizou modelos epidemiológicos e dados históricos de mortalidade para estimar o impacto do calor, considerando também como a exposição a altas temperaturas pode agravar condições de saúde preexistentes.
O mês de junho de 2023 foi registrado como o terceiro mais quente do mundo, com a Europa Ocidental enfrentando seu junho mais quente já documentado, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. Especialistas alertam que, em um cenário de aquecimento global, a frequência e a intensidade das ondas de calor devem aumentar, afetando ainda mais a população europeia nos próximos anos.