Uma onda de calor intensa e tempestades violentas têm impactado o turismo na Europa neste verão, alterando a experiência de milhares de visitantes. Em cidades como Sevilha, na Espanha, as temperaturas ultrapassaram os 45 graus Celsius, enquanto Londres registrou um aumento significativo nos atendimentos hospitalares por insolação. Ao mesmo tempo, regiões do centro e do norte da Europa, como partes da Alemanha e da Suíça, enfrentam enchentes repentinas, complicando ainda mais a situação climática.
De acordo com o meteorologista Márcio Bueno, o aquecimento global, impulsionado pela emissão de gases de efeito estufa, tem contribuído para o aumento da frequência e intensidade das ondas de calor na Europa. A previsão indica que a onda de calor começará a enfraquecer a partir do dia 18 de julho em Portugal e no oeste da Espanha, mas o leste do continente continuará a enfrentar temperaturas elevadas devido a sistemas de alta pressão.
A instabilidade climática tem gerado desconforto entre turistas e moradores. Uma turista na Toscana relatou mudanças drásticas no clima em um único dia, descrevendo um céu azul que rapidamente se transformou em uma tempestade de granizo. Especialistas alertam que a crise climática está fazendo a Europa aquecer quase o dobro da média global, resultando em incêndios florestais na Itália e na Espanha antes mesmo de agosto.
Os efeitos da onda de calor e das tempestades são palpáveis, com agricultores enfrentando perdas nas lavouras e o setor de turismo se adaptando a um cenário de cancelamentos e emergências médicas. Médicos, como Juan Carlo, de Valência, relatam que as pessoas estão exaustas e apresentando sintomas como dores de cabeça e irritabilidade, refletindo a pressão do clima instável sobre a saúde pública.
