Desde o dia 1º de junho, a Grande São Paulo registrou aproximadamente 800 ataques a ônibus, afetando 27 cidades, com 15 ocorrências apenas nesta quinta-feira (17). Os dados foram divulgados pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que aponta que cerca de 80% dos incidentes ocorreram nas zonas Sul e Oeste da capital, com maior concentração na Zona Sul.
Na última segunda-feira (14), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, criticou a Polícia Civil pela lentidão nas investigações sobre os responsáveis pelos ataques e suas motivações. Em resposta, a Polícia Militar deteve três indivíduos em um veículo suspeito, que foram ouvidos por cinco horas e liberados, sendo que um deles foi flagrado lançando bolinhas de gude em direção aos ônibus.
A principal linha de investigação da polícia indica que os ataques podem estar relacionados a uma disputa entre empresas de transporte urbano, com possíveis conexões a conflitos internos no sindicato da categoria. As investigações buscam entender se grupos rivais estão utilizando esses atos de vandalismo para prejudicar concorrentes. Desde o início da onda de ataques, 466 veículos do sistema municipal foram depredados, afetando motoristas e passageiros e gerando custos adicionais para as empresas de transporte.