Uma série de ataques a ônibus na cidade de São Paulo tem causado preocupação entre motoristas, cobradores e passageiros. Desde junho, a capital paulista registrou 338 ônibus depredados, com oito novos incidentes ocorrendo entre os dias 8 e 9 de outubro. Os ataques, que incluem arremessos de pedras, têm levado muitos passageiros a reavaliar seus hábitos, evitando sentar perto das janelas para se proteger.
Na noite de terça-feira (8), o motorista Bruno Alves da Silva e um cobrador foram alvos de um ataque enquanto retornavam à garagem na Zona Leste. "Olhei para cima e vi vidro caindo, já com medo de um possível ataque", relatou Bruno, que teme pela segurança de todos a bordo. A diarista Alessandra Clemente da Silva também viveu uma experiência semelhante em Taboão da Serra, onde um ataque a apedradas resultou em ferimentos.
Os passageiros, como o cozinheiro Diego Martins de Landa e a estudante Lívia Vitória Borges Alves, têm mudado seus comportamentos, optando por sentar em locais mais seguros dentro dos ônibus. A babá Karina Queiroz expressou indignação, afirmando que a dependência do transporte público se torna ainda mais preocupante diante da violência.
A polícia investiga os ataques, que se concentram em quatro empresas de ônibus, representando mais de 30% dos incidentes. As autoridades esperam que essas informações ajudem a esclarecer as motivações por trás dos atos de vandalismo, que não apenas danificam bens materiais, mas também colocam em risco a vida de milhares de pessoas que dependem do transporte público diariamente.