A onda de vandalismo a ônibus na Grande São Paulo, que teve início em 12 de junho, completou um mês sem uma solução definitiva. Na segunda-feira (14), um homem de 38 anos foi detido em flagrante na Brasilândia, Zona Norte, após apedrejar um coletivo. Com essa prisão, já são oito suspeitos detidos, enquanto as investigações continuam sob a responsabilidade do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Na terça-feira (15), ao menos 14 ônibus foram atacados em diversas localidades, incluindo Osasco, Itapevi, Cotia e na Zona Sul da capital. Em São Paulo, seis veículos foram atingidos na Avenida Cupecê, onde homens em motocicletas arremessaram pedras contra os ônibus em movimento. A violência também se estendeu à Rodovia Raposo Tavares, onde dois ônibus tiveram janelas danificadas.
O domingo (13) foi particularmente violento, com 47 ataques registrados, tornando-se o segundo dia mais crítico desde o início da série de depredações. Desde junho, mais de 600 incidentes foram contabilizados, resultando em 421 veículos depredados apenas na capital. O prefeito Ricardo Nunes criticou a lentidão das investigações e apontou possíveis ligações dos ataques com o PCC, desafios de internet e descontentamento de empresas de transporte urbano.
A SPTrans reiterou a importância de comunicar imediatamente todos os casos de depredação às autoridades e alertou que as empresas devem substituir os veículos danificados para evitar penalizações. A violência também atingiu vans que transportam pessoas com deficiência, evidenciando a gravidade da situação na região metropolitana de São Paulo.