Uma série de ataques a ônibus na Grande São Paulo e na Baixada Santista já contabiliza 623 incidentes nos últimos trinta dias, gerando pânico entre motoristas e passageiros. Até o momento, sete suspeitos foram detidos em conexão com as depredações, que ocorrem quase diariamente. O último ataque registrado aconteceu no último sábado (12) na zona sul da capital, seguido por um incidente em São Vicente, onde uma passageira foi ferida por um pedaço de azulejo.
A polícia investiga três linhas principais: a possível ligação dos responsáveis com o PCC, desafios de internet e a hipótese de que empresas ou indivíduos insatisfeitos com o tratamento recebido por parte de empresas de transporte coletivo estejam por trás dos ataques. O delegado Fernando José Góes Santiago, que conduz as investigações, destaca que a situação é alarmante, com o pico de 59 ataques registrados em um único dia, na última segunda-feira (7).
Além dos ônibus, vans que transportam pessoas com deficiência também têm sido alvo de violência. Um dos detidos, Júlio César da Silva, foi flagrado em vídeo atacando um veículo e, apesar de aparentar problemas mentais, a polícia não descarta sua participação em um esquema maior. Outro suspeito, Everton de Paiva Balbino, foi preso por um ataque que resultou em graves ferimentos a uma passageira, sendo indiciado por tentativa de homicídio.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo alerta que, desde o início do ano, 855 ônibus foram depredados na região, com um aumento significativo em junho. As empresas têm intensificado a segurança e monitoramento de suas frotas para conter a onda de violência, que já afeta a operação do transporte público na capital paulista.