Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) estão intensificando esforços para superar anos de estagnação nas negociações comerciais internacionais, exacerbadas pela administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Documentos internos da OMC, obtidos pela Reuters, revelam que a falta de progresso pode levar a organização à irrelevância. A prioridade atual é evitar que a necessidade de consenso entre os 166 membros bloqueie decisões cruciais.
O embaixador da Noruega na OMC, Peter Olberg, destacado para facilitar as reformas, enfatizou a urgência da situação, afirmando que não há alternativa viável para a reforma. Entre as propostas discutidas, está a simplificação dos processos de decisão e a revisão dos privilégios concedidos a países em desenvolvimento, como China e Índia, que, segundo Trump, não necessitam de apoio adicional.
As discussões de reforma estão programadas para continuar até o final do ano, com foco na próxima conferência ministerial da OMC, marcada para março em Camarões. A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, destacou a insatisfação dos EUA com a abordagem atual, afirmando que mudanças incrementais são insuficientes para resolver questões estruturais profundas. A pressão dos EUA para que grandes economias renunciem a privilégios é um ponto central nas negociações em andamento.