Entre a noite de sábado, 12, e a madrugada deste domingo, 13, pelo menos 29 palestinos perderam a vida em decorrência de bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, conforme informações da Defesa Civil local. Os ataques ocorrem em um contexto de estagnação nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas, mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos.
As autoridades palestinas relataram que entre os mortos estão várias crianças, com um dos ataques mais devastadores registrado no campo de refugiados de Nuseirat, onde ao menos dez pessoas foram mortas. Além disso, oito pessoas faleceram nas proximidades de um ponto de distribuição de água potável, um dos poucos acessos à água ainda disponíveis na região.
O exército israelense, em resposta às informações da Defesa Civil de Gaza, afirmou que está investigando os relatos. Entretanto, essa resposta tem sido recorrente diante das frequentes denúncias de mortes civis, que, segundo os serviços de emergência palestinos, ocorrem diariamente devido aos bombardeios israelenses. A situação é agravada pelas severas restrições impostas à imprensa internacional, dificultando a verificação independente das alegações.
O cerco a Gaza tem também comprometido a entrada de ajuda humanitária, com Israel impondo limitações desde o término do último cessar-fogo em março. Atualmente, mais de dois milhões de pessoas dependem de assistência externa, e especialistas em segurança alimentar alertam para um possível quadro de fome em larga escala nas próximas semanas.