A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em outubro de 2024 um inovador método de alongamento ósseo, que já está sendo utilizado por dois pacientes brasileiros. O procedimento, que visa melhorar a qualidade de vida e a estética de pessoas com nanismo ou deformidades nas pernas, consiste na instalação de uma haste intramedular que permite o crescimento do osso em até 8 centímetros ao longo de um ano.
Entre os primeiros beneficiados está a pedagoga Riane Freitas, moradora de Belém (PA), que, após passar por 16 cirurgias para corrigir a diferença de comprimento entre suas pernas, encontrou esperança em Campinas (SP). Em abril deste ano, Riane foi submetida ao procedimento, que se destaca por ser menos invasivo e mais eficiente em comparação com técnicas tradicionais que utilizam estruturas externas, conhecidas como "gaiolas".
O ortopedista Everson de Oliveira Giriboni, responsável pelo procedimento, explica que a nova técnica não só reduz cicatrizes e riscos de infecção, mas também permite um controle eletrônico do alongamento, garantindo resultados mais precisos. Apesar dos benefícios, o custo do tratamento pode ultrapassar R$ 150 mil por membro, embora Riane tenha conseguido a cobertura pelo plano de saúde.
Esse método representa um avanço significativo na medicina ortopédica, oferecendo uma alternativa moderna e menos dolorosa para aqueles que buscam correção de deformidades ou aumento de altura. A expectativa é que mais pacientes possam ter acesso a essa tecnologia inovadora nos próximos anos.