São Paulo tem enfrentado um aumento significativo na formação de nevoeiro nos últimos dias, especialmente nas primeiras horas da manhã e à noite. O fenômeno é mais comum em condições de temperaturas baixas e clima seco, características observadas na região metropolitana durante o mês de julho. Segundo o meteorologista da Climatempo, Cesar Soares, a combinação de frio e uma atmosfera calma, sem vento ou nuvens, favorece a condensação da umidade, resultando no nevoeiro.
Soares explica que o nevoeiro se forma quando a umidade nas camadas mais baixas da atmosfera condensa, criando uma nuvem que permanece próxima ao solo, o que pode reduzir a visibilidade horizontal a menos de um quilômetro. Em contraste, quando a visibilidade é comprometida a distâncias superiores a um quilômetro, o fenômeno é classificado como névoa.
O meteorologista também destaca que a frequência do nevoeiro neste inverno é maior em comparação aos anos anteriores, devido a um resfriamento mais acentuado na região. Em 2023, a presença do fenômeno El Niño havia contribuído para temperaturas mais elevadas, enquanto em 2024, uma neutralidade térmica no Pacífico Equatorial também influenciou as condições climáticas. Com o retorno de um inverno mais tradicional, a formação de nevoeiro se torna mais frequente, segundo Soares.