A neuromodulação não invasiva, uma técnica que utiliza estímulos elétricos ou magnéticos para promover a recuperação neurológica, vem ganhando destaque na medicina moderna. A médica neurologista Ana Caroline Benin, que atua em Blumenau, explica que essa abordagem permite "tocar o cérebro sem abri-lo", reconectando circuitos afetados por lesões ou doenças sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos.
As principais técnicas de neuromodulação incluem a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), que são aplicadas de forma indolor e personalizada, de acordo com as necessidades de cada paciente. Estudos demonstram a eficácia dessas abordagens no tratamento de condições como acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, depressão resistente e epilepsia.
Apesar dos avanços, a implementação sistemática da neuromodulação no Brasil enfrenta desafios, como a falta de capacitação médica e a ausência de políticas públicas que integrem essa técnica nas rotinas hospitalares. Ana Caroline Benin ressalta a importância da formação especializada e da avaliação neurológica para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos. A neurologista acredita que o futuro da reabilitação neurológica será ainda mais promissor com a integração de tecnologias como inteligência artificial e interfaces cérebro-máquina.