O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (6) que sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para segunda-feira (7) em Washington, pode ser crucial para a negociação de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns. A declaração foi feita no aeroporto Ben Gurion, antes de sua partida para os EUA.
Enquanto isso, o Catar inicia uma nova rodada de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, com o objetivo de alcançar um acordo que permita a recuperação de reféns e a redução das hostilidades. Netanyahu afirmou que a reunião com Trump pode facilitar o progresso nas negociações, que já enfrentam desafios devido a propostas divergentes entre as partes.
Na Faixa de Gaza, a situação humanitária continua a se deteriorar, com a Defesa Civil local reportando 26 mortes em bombardeios israelenses neste domingo. A guerra, que teve início em 7 de outubro de 2023 após um ataque do Hamas, já resultou em dezenas de milhares de mortos e uma crise humanitária severa. A proposta de trégua em discussão inclui um período de 60 dias, durante o qual o Hamas liberaria reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Além disso, o Hamas exige garantias de que as hostilidades não serão retomadas durante as negociações e a reabertura do ponto de passagem de Rafah, controlado por Israel, para permitir a evacuação de feridos. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também se manifestou sobre a situação, pedindo que a comunidade internacional não permaneça indiferente ao que chamou de "genocídio" em Gaza.