As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas, em andamento no Catar, podem ser superadas, mas autoridades israelenses alertam que o processo pode levar mais tempo do que o esperado. Desde o início das conversas indiretas em Doha no último domingo (6), a mediação dos Estados Unidos, Catar e Egito ganhou impulso, especialmente após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajar para Washington para discutir o tema.
Na segunda-feira (7), Netanyahu se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, que expressou otimismo sobre a possibilidade de um acordo que inclua a libertação de reféns ainda nesta semana. O enviado de Trump, Steve Witkoff, também se juntará às discussões em Doha, conforme anunciado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
A proposta de cessar-fogo envolve a libertação gradual dos reféns e a retirada das tropas israelenses de partes de Gaza, mas o Hamas exige o fim das hostilidades antes de liberar os reféns restantes. Enquanto isso, autoridades israelenses relataram progresso nas negociações, embora diferenças sobre a entrada de ajuda humanitária em Gaza ainda sejam um ponto de discórdia. O ministro israelense Zeev Elkin afirmou que há uma "chance substancial" de que um acordo seja alcançado, apesar das complexidades envolvidas.
A guerra, que começou em 7 de outubro de 2023, resultou em cerca de 1.200 mortes israelenses e mais de 57 mil palestinos, além de uma crise humanitária severa em Gaza, onde a população de mais de 2 milhões de pessoas foi amplamente deslocada. A situação continua a ser monitorada de perto por líderes internacionais, enquanto as negociações prosseguem em Doha.