A ex-presidente Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), anunciou no último sábado (5 de julho de 2025) que a instituição financeira aprovou 29 projetos de investimento no Brasil, totalizando quase US$ 7 bilhões desde sua criação em 2016. Desses, US$ 4 bilhões já foram desembolsados. Durante a 10ª reunião anual do NBD, realizada no Rio de Janeiro, Dilma destacou que os investimentos têm foco em infraestrutura, logística, transição energética e inteligência artificial.
O NBD, conhecido como banco dos Brics, financiou até o momento 122 projetos, com um total de US$ 40 bilhões em investimentos, dos quais US$ 22,2 bilhões já foram liberados. Os projetos brasileiros representam 17,5% do total investido, um percentual considerado elevado pela instituição. Dilma enfatizou a importância de ampliar o financiamento em moedas locais para mitigar riscos associados à volatilidade de juros e câmbio, além de fortalecer os mercados de capitais locais.
Em seu discurso, Dilma também abordou a questão da desdolarização, afirmando que, embora haja um aumento no uso de moedas locais nas transações entre países, o dólar continua sendo um ativo de reserva de valor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente no evento, defendeu a ampliação do comércio entre os países do Brics em moedas alternativas ao dólar, embora essa proposta enfrente resistência entre os membros do bloco.
Além disso, Dilma anunciou a aprovação da entrada do Uzbequistão e da Colômbia como novos membros do NBD, destacando a expansão do banco como uma prioridade de sua gestão. Atualmente, a cúpula do NBD é composta pelos países fundadores do Brics: Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, além de cinco países associados: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito, Uruguai e Argélia.