Cerca de 33 mil pessoas estão cadastradas na Central de Internação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aguardando cirurgias eletivas, com 64% dos pacientes sendo da capital mineira e 36% de outros 600 municípios. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a maioria dos pedidos é nas áreas de ortopedia e oncologia, com 48 casos já sendo levados à Justiça em 2025 devido à longa espera.
No último sábado (5), um mutirão foi realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o objetivo de reduzir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a ação, foram realizadas 12 cirurgias, mais de 100 exames de imagem e cerca de 1.400 atendimentos por telemedicina, envolvendo a colaboração de diferentes esferas do poder público e instituições de saúde.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, destacou a importância da articulação entre o governo federal, hospitais universitários e prefeituras para atender a essa demanda crescente. Entre os pacientes beneficiados, Tânia da Silva Moreira, de 58 anos, conseguiu antecipar um exame de ultrassonografia abdominal após meses de espera.
O Hospital das Clínicas já planeja novos mutirões para setembro e dezembro, segundo o gerente de atenção, Vandack Alencar Nobre, que ressaltou que o esforço para reduzir as filas é contínuo. A situação de espera por cirurgias é uma realidade angustiante para muitas famílias, como a da motorista Sônia Fernandes da Paixão, que aguarda a cirurgia da mãe, com problemas no joelho há mais de 20 anos.