A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) multou em R$ 37,5 milhões a empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão que desabou em Padre Bernardo, Goiás, no dia 18 de junho. O incidente resultou na contaminação do rio do Sal e levou à interdição do local, que não pode mais receber resíduos. A multa foi aplicada na terça-feira, 1º de outubro, e representa o primeiro auto de infração contra a empresa.
Após o desabamento, a prefeitura de Padre Bernardo decretou estado de emergência, com validade de 180 dias, e iniciou a remoção de 42 mil metros cúbicos de lixo que desabaram na área de preservação permanente. A gestão municipal está fornecendo água potável às famílias afetadas, utilizando galões de 20 litros e caminhões-pipa, enquanto a Semad continua monitorando a qualidade da água do córrego Santa Bárbara e do rio do Sal, que foi proibido para uso até a conclusão da descontaminação.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) já havia ajuizado uma ação civil pública em 2021, solicitando a interdição do lixão, que operava sem licença ambiental. Apesar de uma liminar que suspendia suas atividades, o aterro continuou em operação até o desabamento. A Semad e a prefeitura estão trabalhando em conjunto para mitigar os impactos sociais e ambientais do desastre, que gerou indignação entre as autoridades locais devido à gravidade da situação.