O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou nesta quarta-feira, 23, ações nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 22 estados brasileiros. O objetivo das mobilizações é pressionar o governo federal pela implementação de uma reforma agrária efetiva. No mesmo dia, representantes do MST se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir pautas relacionadas ao tema.
Entre as demandas apresentadas pelo MST estão a criação e estruturação de novos assentamentos, acesso ao crédito e políticas públicas voltadas para a produção de alimentos saudáveis, além de moradia, educação e infraestrutura para as famílias do campo. Em São Paulo, cerca de 300 militantes invadiram a sede do Incra, questionando: "Lula, cadê a reforma agrária?". Ocupações semelhantes ocorreram em estados como Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, entre outros.
As ações fazem parte da "Semana Camponesa", uma mobilização nacional que se estenderá até o dia 25 de outubro. No início da semana, o MST divulgou uma carta aberta cobrando avanços na reforma agrária e ressaltando a importância da soberania alimentar para a soberania nacional. Em resposta, o Ministério do Desenvolvimento Agrário afirmou que a reforma agrária no Brasil está avançando, comparando os números atuais de assentamentos aos dos primeiros mandatos de Lula.
O MST tem enfatizado a relação entre soberania nacional e reforma agrária, destacando a importância da Reforma Agrária Popular como uma política estratégica para garantir justiça social e segurança alimentar no país. A entidade também publicou uma carta em defesa da soberania nacional em suas redes sociais.