O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou nesta sexta-feira (11) a abertura de uma investigação sobre a morte de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, ocorrida durante uma operação policial em Paraisópolis, na zona sul da capital, na quinta-feira (10). Imagens das câmeras corporais dos policiais indicam que a morte pode ter sido uma execução, levando à prisão em flagrante de dois agentes envolvidos na ação.
De acordo com o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, os policiais foram detidos após as gravações mostrarem que Igor foi alvejado enquanto estava rendido, com as mãos na cabeça. A operação que resultou na morte do jovem foi motivada por denúncias de tráfico de drogas na região, onde também foram apreendidas porções de entorpecentes e dinheiro.
A morte de Igor gerou revolta na comunidade, resultando em protestos que incluíram pneus queimados e ataques a veículos e lojas. A Tropa de Choque da PM foi mobilizada para conter os tumultos, com mais de 300 policiais atuando na área. A Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Everton Zanella para acompanhar o caso, enquanto um inquérito policial militar também foi instaurado para investigar os acontecimentos.
Além de Igor, um sargento da PM foi baleado e outro homem, identificado como Bruno Leite, morreu em uma troca de tiros com os agentes durante a operação. A Polícia Militar afirmou que continuará suas atividades na região, apesar da situação tensa.