O Ministério Público do Amazonas (MPAM) solicitou à Justiça, nesta sexta-feira (25), a prisão preventiva de cinco policiais militares e um guarda municipal acusados de estuprar uma mulher da etnia Kokama, de 29 anos, enquanto estava sob custódia na delegacia de Santo Antônio do Içá. Os abusos teriam ocorrido de forma recorrente entre novembro de 2022 e agosto de 2023.
Segundo o MP, as prisões são necessárias para proteger a vítima e garantir a ordem pública, uma vez que os acusados respondem por crimes graves, incluindo estupro de vulnerável e tortura. O processo está em segredo de Justiça para resguardar a integridade da vítima e assegurar a continuidade das investigações.
A vítima relatou ter sido submetida a humilhações e abusos sexuais, muitas vezes na presença de seu filho recém-nascido. Após sua transferência para o presídio feminino de Manaus, parte dos policiais teria ido à casa de sua mãe para intimidar a família. O MP enfatizou que os suspeitos ainda estão em liberdade e exercendo funções públicas, o que representa um risco à segurança da vítima e da sociedade.
A procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, destacou a gravidade do caso e a necessidade de uma resposta imediata do Estado. O MP também informou que um Procedimento Investigatório Criminal foi instaurado para reunir provas e embasar os pedidos de prisão, enquanto a Polícia Militar anunciou a finalização do Inquérito Policial Militar para apurar as denúncias.