O Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou uma investigação sobre a superlotação na Cadeia Pública de Pedras de Fogo, localizada no Litoral Sul do estado. A promotora de Justiça Fabiana Mueller informou que a unidade, que deveria abrigar apenas presos provisórios, atualmente contém 94 detentos, sendo 26 deles já sentenciados, o que ultrapassa em mais de três vezes a capacidade de 28 pessoas.
Em reunião realizada na última quarta-feira (23) com representantes da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (Gesipe), foram discutidas medidas para a transferência dos presos condenados para penitenciárias adequadas. A promotora expressou preocupação com a localização da cadeia, situada em uma área residencial, que compromete a segurança dos moradores da região.
Os moradores locais, como o comerciante Ivanildo José de Sousa, manifestaram receio em relação à permanência da unidade prisional no centro da cidade, sugerindo que a cadeia deveria ser transferida para uma área mais afastada. Outros residentes também relataram preocupações sobre possíveis rebeliões e a presença de facções criminosas, o que tem gerado um clima de insegurança na comunidade.
A promotora Fabiana Mueller instaurou uma notícia de fato para apurar as condições dos detentos e protocolou requerimentos individuais junto ao Juízo da Execução Penal, solicitando a transferência dos apenados. A situação na Cadeia Pública de Pedras de Fogo continua a ser monitorada pelas autoridades competentes.