O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra quatro policiais militares envolvidos na execução de Igor Oliveira, de 24 anos, durante uma operação no bairro de Paraisópolis, em 10 de julho. As imagens das câmeras corporais dos PMs revelam o momento em que os agentes atiraram no homem, que estava desarmado e rendido. O caso será analisado pela Vara Criminal do Tribunal do Júri.
A denúncia, protocolada por três promotores da IV Vara do Tribunal do Júri da Capital, pede a condenação dos cabos Renato Torquato da Cruz e Robson Noguchi de Lima, que efetuaram os disparos, e dos policiais Hugo Leal de Oliveira Reis e Victor Henrique de Jesus, que participaram do homicídio qualificado. Os promotores alegam que os PMs agiram de forma deliberada, utilizando a força de maneira indevida e motivados por razões torpes.
Durante a operação, os policiais invadiram uma residência e ordenaram que os suspeitos levantassem as mãos. Igor Oliveira, já dominado e com os braços erguidos, foi atingido pelos disparos. A Promotoria destaca que os dois primeiros PMs dispararam contra a vítima, enquanto os outros dois também efetuaram tiros no local. A vítima não possuía antecedentes criminais como adulto, mas tinha registros de atos infracionais na adolescência.
Os cabos Renato Torquato da Cruz e Robson Noguchi de Lima, pertencentes ao 16.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, foram presos em flagrante e tiveram suas prisões convertidas em preventiva após audiência de custódia realizada no dia 12 de julho.