O Ministério Público de São Paulo iniciou uma investigação criminal sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo, após a invasão de uma agência do Itaú BBA na Avenida Faria Lima, ocorrida em 3 de julho. A Promotoria solicitou acesso às imagens do sistema de reconhecimento facial Smart Sampa, da Prefeitura, para identificar os manifestantes e apurar possíveis crimes de invasão a estabelecimento comercial.
A manifestação, que teve como pauta a taxação dos super-ricos, foi apoiada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), embora não tenha sido mencionado na portaria do Procedimento Investigatório Criminal (PIC), assinado pelo promotor Cássio Roberto Conserino. O promotor destacou que a investigação não visa criminalizar movimentos sociais, mas analisar condutas que possam ser consideradas criminosas, conforme o artigo 202 do Código Penal.
Conserino também ressaltou que, apesar de os protestos pela taxação serem válidos, eles não devem ocorrer por meio de invasões e confusões. A investigação buscará apurar os recursos financeiros utilizados pelas entidades e se um assessor da deputada estadual Eneida Maria (PSOL) participou da ocupação. A Promotoria está em busca de identificar todos os envolvidos na ação, utilizando imagens de câmeras do Itaú e da Prefeitura de São Paulo.