A Polícia Civil de Goiás indiciou um motorista e mais três pessoas por envolvimento na morte de Maria Guiomar Leão, uma fazendeira de 82 anos. O indiciamento ocorreu após investigações que revelaram uma suposta simulação de relacionamento entre o motorista e a vítima, com o objetivo de apropriar-se de sua herança, avaliada em R$ 60 milhões. O caso foi divulgado pela TV Anhanguera.
De acordo com o delegado Alex Rodrigues, o grupo, que incluía um médico, um dentista e uma advogada, atuou de forma coordenada para isolar a idosa de sua família e facilitar a apropriação de seus bens. A investigação apontou que a negligência médica deliberada contribuiu para a morte da vítima, ocorrida em 2023, após procedimentos que resultaram na extração de todos os seus dentes.
A sobrinha da vítima, Cristina Leão, relatou que o motorista se aproximou da idosa durante a pandemia, quando ela se isolou em casa. A família acredita que ele manipulou a situação para ganhar a confiança da vítima e teve acesso a cheques em branco e contas bancárias. Após a morte de Maria, o motorista tentou reivindicar parte da herança, alegando um relacionamento que a família contesta, levando à abertura de um processo de inventário e união estável.
Os indiciados agora enfrentam investigações adicionais por forjar documentos e tentar legitimar a apropriação dos bens da fazendeira, excluindo os verdadeiros herdeiros do processo. A defesa dos envolvidos não foi localizada até o momento da publicação desta reportagem.