A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) anunciou nesta quinta-feira, 24, a demissão de Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, após sua prisão preventiva na terça-feira, 23, por envolvimento em ataques a ônibus em São Paulo. O servidor, que atuava como motorista da chefia de gabinete da CDHU, foi identificado pela polícia como um dos responsáveis pelos atos de vandalismo, confessando ter danificado 16 veículos em um único dia.
De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o carro oficial utilizado por Campolongo, um Virtus Branco, foi registrado em diversas cenas de crime. A identificação do veículo foi realizada por meio de imagens e registros de circulação, que mostraram sua proximidade com os locais dos ataques. O motorista alegou que suas ações visavam "consertar o Brasil", embora não tenha sido encontrada relação com grupos políticos ou criminosos.
Além de Campolongo, seu irmão, Sergio Campolongo, também foi preso na quarta-feira, 23, após se entregar à polícia. As investigações indicam que os ataques, que já ultrapassam 500 na capital, não eram direcionados a empresas específicas, mas sim aleatórios, concentrando-se nas cidades de São Bernardo do Campo e Osasco. A polícia continua a investigar outras possíveis linhas de apuração, incluindo disputas entre empresas de transporte e a participação de facções criminosas.