A Motiva, anteriormente conhecida como CCR, divulgou seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre de 2025, reportando um lucro líquido ajustado de R$ 398 milhões. Este valor representa uma queda de 3,2% em comparação ao mesmo período de 2024. No entanto, quando considerados os números não ajustados, o lucro mais do que triplicou, alcançando R$ 897,2 milhões, em contraste com os R$ 267,92 milhões do ano anterior.
A diferença significativa entre os lucros ajustados e não ajustados é atribuída à otimização contratual da BR-163, antiga MSVia, que resultou na constituição de um ativo fiscal diferido, impactando positivamente o lucro em R$ 480 milhões. A companhia destacou que o desempenho operacional robusto de suas plataformas de rodovias, trilhos e aeroportos, aliado a melhorias na eficiência de custos e ajustes no portfólio de concessões, foram fatores cruciais para os resultados do trimestre.
Entre abril e junho, o Ebitda ajustado da Motiva cresceu 4,2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2,094 bilhões, com uma margem Ebitda ajustada que subiu de 57,6% para 58,8%. A receita líquida da empresa também apresentou um aumento de 2,2%, atingindo R$ 3,563 bilhões, impulsionada pela movimentação nas suas três plataformas de atuação e pelo crescimento das receitas complementares.
A Motiva encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma relação opex (caixa)/receita líquida ajustada de 38%, uma melhora em relação aos 40,5% registrados no mesmo período do ano anterior. A empresa sinalizou a possibilidade de antecipar para 2025 a meta de reduzir essa relação para menos de 38%, conforme anunciado durante o Investor Day de 2024.