O desaparecimento de 6 milhões de ações da grife Hermès, avaliadas em cerca de 14,5 bilhões de euros, ganha novos contornos após a morte repentina de Eric Freymond, ex-gestor de patrimônio do herdeiro Nicolas Puech, de 82 anos. Freymond faleceu em um acidente de trem em Saanen, na Suíça, na última quarta-feira (23), levando Puech a solicitar esclarecimentos sobre o paradeiro de suas ações. O herdeiro, que possui 5,76% do capital da Hermès, expressou sua tristeza pela morte do ex-conselheiro e pediu que as autoridades suíças investiguem as circunstâncias do falecimento.
Freymond, que atuou como conselheiro de Puech por 25 anos, tornou-se alvo de acusações de fraude após o herdeiro alegar que foi “arruinado” devido ao desaparecimento de suas ações. Embora um tribunal em Genebra tenha absolvido Freymond das acusações, Puech manteve uma queixa similar na França, que ainda está em andamento. Os advogados de Freymond lamentaram sua morte e destacaram o impacto emocional das suspeitas sobre ele.
A disputa entre Puech e Freymond atraiu atenção da mídia, especialmente após revelações sobre a intenção do herdeiro de deixar sua fortuna para seu jardineiro. A investigação sobre o sumiço das ações, que coincide com tentativas de aquisição da Hermès pela LVMH, continua sem respostas definitivas, aumentando as incertezas sobre o futuro de uma das maiores fortunas da indústria do luxo na Europa.