O cineasta, professor e crítico de cinema Jean-Claude Bernardet faleceu neste sábado (12), aos 88 anos, em São Paulo, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Reconhecido por sua contribuição à crítica cultural brasileira, Bernardet estava em plena atividade intelectual e deixou como legado o manuscrito inédito "Viver o medo: uma novela pornô-gourmet", que será publicado pela Companhia das Letras, embora a data de lançamento ainda não tenha sido divulgada.
O anúncio da obra foi feito nas redes sociais da editora, onde Luiz Schwarcz, um dos fundadores, destacou a força e a transgressão que marcaram a vida de Bernardet na arte. O livro, co-autorado pela escritora Sabina Anzuategui, aborda temas relacionados ao medo e experiências pessoais, misturando gêneros e estilos literários.
Bernardet, naturalizado brasileiro, teve uma carreira notável que influenciou a produção e o estudo do cinema no Brasil, defendendo o cinema como uma prática artística, política e social. O velório do cineasta será realizado neste domingo (13), na Cinemateca Brasileira, entre 13h e 17h, local onde ele foi um dos parceiros fundamentais ao longo de sua vida. A morte de Bernardet gerou uma onda de homenagens nas redes sociais, com artistas e intelectuais lamentando a perda de um ícone da crítica cinematográfica.