O Morgan Stanley anunciou, nesta segunda-feira (2), a redução das recomendações para as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Usiminas, em meio a um cenário desafiador para a indústria do aço no Brasil. A CSN teve sua classificação alterada de 'equalweight' para 'underweight', enquanto a Usiminas passou de 'overweight' para 'equalweight'.
O preço-alvo para a CSN foi reduzido de R$ 9,10 para R$ 7,70, refletindo um perfil de risco-retorno desfavorável, alta alavancagem e fluxo de caixa livre negativo até 2028. Já a Usiminas viu seu preço-alvo cair de R$ 8,20 para R$ 6,70, com o banco apontando a pressão nos preços como um limitador para a rentabilidade, apesar do bom controle de custos.
Em contraste, a Gerdau manteve sua recomendação em 'overweight', com o preço-alvo elevado de R$ 21 para R$ 22, devido a um posicionamento favorável no mercado e ganhos nos Estados Unidos que ajudam a mitigar riscos no Brasil. O relatório do Morgan Stanley também destaca que as importações de aço devem continuar elevadas, pressionando os preços domésticos, mesmo com uma demanda resiliente.
O banco observa que uma mudança na postura do governo em relação a medidas de proteção comercial poderia melhorar o ambiente competitivo para as siderúrgicas locais, além de possíveis decisões favoráveis nas investigações antidumping em andamento, que cobrem 56% das importações de aço do último ano.