O banco Morgan Stanley alertou que a China necessita de um novo modelo de crescimento econômico, além de novos estímulos. Em um relatório recente, a instituição destacou três reformas estruturais essenciais: a reforma do sistema fiscal, o realinhamento das metas macroeconômicas e a reformulação dos critérios de avaliação dos quadros oficiais. Essas mudanças visam criar uma base sólida para um desenvolvimento sustentável e equilibrado no país.
O relatório enfatiza que, apesar da urgência das reformas, hábitos antigos e incentivos arraigados ainda representam barreiras significativas. O 15º Plano Quinquenal, que abrange o período de 2026 a 2030, é visto como um teste crucial para a disposição do governo chinês em abandonar práticas tradicionais que não atendem mais às necessidades atuais.
Morgan Stanley também apontou que a reforma fiscal é fundamental, uma vez que o sistema tributário atual, que se baseia em impostos indiretos, perpetua um excesso de capacidade produtiva. Além disso, o banco sugere que as metas macroeconômicas devem ser realinhadas para priorizar o consumo das famílias e o bem-estar social, em vez de focar apenas na produção e no PIB.
Por fim, o banco expressou uma visão cautelosa sobre a implementação dessas reformas. Embora haja sinais positivos, a dependência de estratégias de estímulo do lado da oferta ainda é forte. O sucesso das reformas dependerá da capacidade de articulação política de Pequim e da adoção de novas métricas de avaliação que priorizem o consumo e a qualidade de vida da população.