O Morgan Stanley avaliou que o mercado de ações dos Estados Unidos tem demonstrado resiliência, mesmo após os recentes anúncios de tarifas comerciais. Em relatório divulgado nesta terça-feira, a instituição financeira destacou que os principais riscos para os índices acionários estão concentrados na China, na possível revogação da isenção do USMCA (acordo entre EUA, México e Canadá) e nas tarifas da Seção 232, e não nas medidas mais recentes anunciadas pelo governo.
A análise do banco revela que a resiliência do mercado pode ser atribuída a três fatores principais: a exposição limitada aos custos de importação para os setores do S&P 500, a natureza provisória das tarifas mais altas recentemente anunciadas e as quedas acentuadas já observadas nas ações mais sensíveis a tarifas. O Morgan Stanley também ressaltou que um aumento significativo nas tarifas sobre produtos da China representa o maior risco para os índices acionários, devido à alta dependência de importações em mais de 10 setores.
Além disso, a instituição considera a nova proposta de reforma tributária como um fator positivo para os índices de ações de grande capitalização. A ampliação da dedução imediata de despesas pode reduzir a alíquota efetiva de imposto, melhorando o fluxo de caixa das empresas. O banco também destacou a importância das revisões de lucros, que têm contribuído para a sustentação do mercado, mesmo em meio a incertezas macroeconômicas e comerciais.