O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode se aproximar a menos de 200 metros de embaixadas e consulados em Brasília. A decisão, que visa garantir a ordem pública, impõe dificuldades significativas ao ex-presidente, especialmente em sua locomoção pela capital federal, onde há 132 representações diplomáticas, a maioria concentrada na área central.
Bolsonaro, que reside no bairro Jardim Botânico, enfrenta um desafio logístico para se deslocar a hospitais e centros clínicos, uma vez que a maioria das instituições de saúde, como o Hospital Daher e o Hospital Brasília, localizados no Lago Sul, está próxima a embaixadas. Em situações de emergência, essa restrição pode comprometer o tempo de resposta necessário para atendimento médico.
O ex-presidente, que já passou por 10 cirurgias devido a complicações de saúde resultantes de um atentado em 2018, frequentemente utiliza o hospital DF Star em Brasília. Desde abril de 2023, ele foi internado por 22 dias e, em junho, passou por uma nova internação para exames após um mal-estar. A nova determinação judicial complica ainda mais sua rotina de cuidados médicos, exigindo que ele faça desvios significativos para evitar as áreas restritas.
A decisão de Moraes levanta questões sobre os direitos de locomoção de Bolsonaro, que agora precisa planejar cuidadosamente seus deslocamentos na cidade, especialmente em um contexto de saúde delicada.