O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de 24 horas para que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre a coletiva de imprensa realizada na Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira, 21. Na ocasião, Bolsonaro, acompanhado por mais de 50 parlamentares e simpatizantes, defendeu sua inocência em relação às acusações de tentativa de golpe de Estado e criticou o uso de tornozeleira eletrônica, que considera uma humilhação.
Moraes alertou que a não apresentação de justificativas pela defesa pode resultar na prisão imediata de Bolsonaro, conforme o artigo 312 do Código Penal, que trata da prisão preventiva. O ministro enfatizou que a proibição de engajamento nas redes sociais inclui transmissões e veiculações de qualquer conteúdo relacionado ao caso.
Durante a coletiva, Bolsonaro reafirmou sua inocência e criticou as ações do STF e da Polícia Federal. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou a criação de três comissões especiais para articular a oposição às decisões judiciais, abordando temas como mobilização interna e ações externas, lideradas por parlamentares do partido. A situação continua a gerar repercussões no cenário político brasileiro.