Moradores de um prédio localizado no bairro da Consolação, em São Paulo, decidiram substituir totens com câmeras de segurança por vasos de planta, acreditando que a medida oferece maior proteção contra furtos. A decisão foi motivada pela insatisfação com a eficácia das câmeras, que, segundo os residentes, não resultaram em ações efetivas por parte da polícia após diversos assaltos na região.
Em entrevista ao programa Profissão Repórter, a gestora predial Janaína Kusieluskus expressou sua frustração com a tecnologia, afirmando que, apesar de pagar R$ 600 mensais pelo serviço, não obteve suporte da polícia após os crimes. "A polícia nunca veio me perguntar quem foi roubado", relatou. Os moradores, que inicialmente contrataram o serviço por um ano, agora planejam adquirir câmeras próprias, que serão monitoradas pela equipe do prédio.
O porteiro Rodrigo Melo revelou que, em média, dois celulares são roubados por dia nas proximidades, enquanto o síndico Diego Beltran confirmou a ineficácia das câmeras. Para mitigar os riscos, os moradores optaram por colocar vasos grandes na entrada do prédio, dificultando o acesso de assaltantes a pessoas distraídas com seus celulares.
Por outro lado, Luciano Caruso, empresário responsável pela instalação das câmeras na cidade, defendeu a tecnologia, ressaltando que a eficácia das câmeras se dá ao longo do tempo e que a expectativa de resolução imediata dos problemas de segurança pode ser equivocada. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, a Consolação registrou 4.276 furtos entre janeiro e maio deste ano, uma média de 28 ocorrências diárias.