Moradores de Nantes, São Paulo, expressaram sua preocupação com o possível fechamento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Porecatu, Paraná, em decorrência de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF). A ADI 7796, apresentada pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), contesta duas leis estaduais que garantem recursos para instituições como a Apae, alegando que essas escolas promovem a segregação em vez da inclusão de pessoas com deficiência.
A Apae de Porecatu atende atualmente 15 alunos de Nantes, oferecendo suporte educacional essencial para crianças e adolescentes com deficiências. As famílias temem que a decisão judicial possa comprometer a continuidade dos atendimentos, o que geraria um impacto significativo na vida dos assistidos. Isabela Vilela Oliveira, mãe de uma criança autista, expressou sua angústia ao afirmar que a escola regular não está preparada para atender as necessidades específicas de sua filha.
Jaqueline Cristina da Silva Ferreira, outra mãe preocupada, ressaltou a importância dos serviços especializados oferecidos pela Apae, que incluem fonoaudiologia e psicologia. Ambas as mães destacaram a necessidade de um suporte adequado para seus filhos, que necessitam de cuidados especiais e têm dificuldades em ambientes escolares tradicionais. A mobilização da comunidade de Nantes reflete a urgência da situação e a busca por garantias de atendimento para crianças com deficiência na região.